sexta-feira, 23 de maio de 2014

Crítica de "X-Men - Dias de um Futuro Esquecido"

"Devemos acabar com esta guerra antes mesmo que ela comece." A frase de Magneto (Ian McKellen) resume a premissa do longa. O futuro está praticamente exterminado (lembra muito os campos de concentração alemães e "O Exterminador do Futuro"). Os mutantes chegam a um ponto onde o único jeito de sobreviver é voltar e consertar o passado. Talvez o mais interessante deste filme seja a mistura da geração "velha" com a nova.
O elenco é um dos melhores aspectos do filme. Existem muitos nomes de peso. O longa é protagonizado por Hugh Jackman (Wolverine). Como sempre bem no papel, o ator surpreende por sua ótima forma física. James McAvoy interpreta o Professor X enquanto Patrick Stewart incorpora sua versão do futuro. Os dois estão muito bem igualmente. Michael Fassbender e Ian McKellen são os Magnetos jovem e velho respectivamente. Não precisa nem comentar a participação dos dois, estão incríveis. Jennifer Lawrence volta como Mística. A atriz que também é famosa por suas excelentes atuações não decepciona. Completam o elenco principal: Halle Berry (Tempestade), Evan Peters (Mercúrio - participação excepcional), Ellen Page (Kitty Pride), Nicholas Hoult (Fera) e Peter Dinklage (Bolivar Trask).
O roteiro aborda a viagem no tempo como seu elemento principal. É muito interessante como as ações ocorridas no passado influenciam no futuro (e o contrário). O longa cria até um novo conceito para esse assunto. Interessante também é ver as diferentes personalidades de um mesmo personagem em idades diferentes. Isso fica bem claro no Magneto.
Outra coisa muito bem trabalhada novamente é o preconceito dos humanos contra os mutantes. Isso sempre foi muito bem explorado nos filmes do super grupo (pelo menos nos bons). Desta vez os poderes deles são muito bem aproveitados também. Os heróis lutam em conjunto e os excelentes efeitos visuais auxiliam nisso. O poder de um completa o do outro, exatamente como nas HQs. Falando nelas, o filme não é nada fiel à sua inspiração. Ele apenas toma a história como base para se desenvolver em cima dela.
O longa era um dos mais esperados do ano. Não só pela mistura dos dois elencos, mas também pela volta do diretor Brian Singer, responsável pelos dois primeiros "X-Men". Sua direção resgata o tom da trilogia original, o que ajuda a estabelecer um mesmo universo. O principal problema do longa é que o roteiro não cumpre essa função como a direção. Ao ser analisado dentro da franquia, o longa perde pontos. Tudo bem que a Fox sempre foi muito bagunçada nesse aspecto. Mas tem coisas que não dá para deixar passar. Existem erros de incoerência com os filmes anteriores. Mas o filme consegue pelo menos abrir uma excelente possibilidade de continuação, podendo dispensar a geração antiga sem precisar fazer um reboot.
Pode-se dizer que Singer conseguiu botar o barco de volta para a direção certa e, mesmo com problemas de incoerência dentro da franquia, o longa é muito bom. Se alcança as expectativas? Diria que sim. Mas tinha potencial para ter ultrapassado elas.
Obs: Existe uma cena pós-créditos.

Nota:

- Bilbo

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