sábado, 17 de maio de 2014

Crítica de "Godzilla"

"A arrogância dos homens está ao pensarem que controlam a natureza, e não o contrário", bom, se não controlamos a natureza, controlemos os efeitos visuais. Já temos um indicado para o Oscar de efeitos quase certo aqui. Visualmente, o longa é impecável. A ação digital com os monstros gigantes e os cenários são inacreditáveis. Porém, embora possa parecer, "Godzilla" não é um filme apenas "de efeitos especiais". O roteiro tem vários méritos. Mas o que mais se ressalta é a parte científica. Se repara o cuidado científico dos roteiristas que explicam muito bem os fatos e as motivações dos monstros principalmente. Nos detalhes que se tem em pensar que a cada passo do monstro acontece um "mini maremoto", entre outras coisas, que se percebe isso.
Dramaticamente, o longa também acerta em cheio. Os atores - pelo menos a maioria deles - souberam retratar muito bem as situações, ainda mais se você parar para pensar que estão interagindo com um fundo verde, com computação gráfica. Como muitos já sabem, este é o primeiro grande filme do excelente ator Bryan Cranston (Walter White na série Breaking Bad), que não desapontou e apresentou-nos uma excelente caracterização. Mas, poucos sabiam que seu personagem seria coadjuvante no longa. O papel principal é de Aaron Johnson (Kick-Ass), que não está incrível, mas consegue levar o filme. Ken Watanabe também está no elenco. De todos os atores principais, ele teve o pior desempenho - e olha que ele não é mau ator. Estava sempre com as mesmas feições e possuía poucas expressões. Completam o elenco principal Elizabeth Olsen e Sally Hawkins.
Todos - espero - conhecem a história do Godzilla. É um monstro que não é o vilão da história. Neste longa, retraram muito bem esse conceito, chegando a um produto final que pode-se dizer que finalmente acertaram no monstro. Tanto visualmente quanto conceitualmente.
O longa é cheio de cenas e mensagens simbólicas. E foi numa dessas cenas que ele me conquistou. Acontece já no final mas refere-se ao começo, fazendo uma espécie de fechamento de ciclo muito bem feito. É algo que o público não repara normalmente. Mas este é um filme que deve-se prestar bastante atenção, pois é lotado de metáforas. Afinal, o Godzilla é uma metáfora para as bombas de Hiroshima e Nagazaki. E até disso o filme fez referência.
No final pode-se dizer que o diretor consegui filtrar todo o material que havia de melhor sobre o monstro e depositar nesse filme. Já havia muita expectativa para o longa, mas ele ainda consegui superá-la. Cheio de metáforas e simbolismos, "Godzilla" rugiu mais alto e tornou-se o melhor Blockbuster do ano até agora.
Nota: 






- Bilbo

2 comentários:

  1. Bilbo,n poderia discordar com a critica,entretanto acho q godzilla deve ganhar o oscar de efeitos sonoros tb

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