Quanto à dublagem, não há problema em ver o filme em português. Aliás, é até recomendado, pois certas piadas foram feitas especialmente para o público brasileiro. Tratando-se do estereótipo brasileiro, que aconteceu muito no primeiro filme, nesse é menos intenso. Claro que existem aspectos da nossa cultura como partida de futebol, carnaval, Reveillon, entre outros. Mesmo assim, o longa possui uma abertura belíssima que se passa na festa de ano-novo carioca, que, mesmo um pouco estereotipada, é muito bonita e não passa muito longe da realidade deste evento.
O visual está novamente incrível. As paisagens e personagens coloridos dão um tom alegre ao filme. Essas cores são bem dosadas na animação. Em cenas tristes, temos ambientes mais escuros, e em alegres, ambientes claros e coloridos. O filme trabalha bastante a questão das cores, afinal, o nome de seu protagonista é uma cor: Blu ("Azul" em inglês). No filme toda as cores são bem trabalhadas e, no final o longa nos entrega um lindo espetáculo visual que não estragarei dando spoilers.
A direção é extremamente eficaz. Desde a primeira cena, no Reveillon, o diretor já mostra seu estilo com a câmera "passeando" pelo cenário com muita fluidez. Ainda consegue criar uma identificação do público com o protagonista. Ainda usufrui de canções (assim como no primeiro longa), incluindo até paródias de músicas famosas, que são mais fáceis de reconhecer ao ver o filme em seu idioma original. É bom ver que com Saldanha e com Padilha, os astros brasileiros estão crescendo lá fora.
O filme é inferior ao seu antecessor mas mesmo assim possui personagens muito bem criados e um respeito tremendo pelo país onde se passa. Se vai ter o terceiro ou não, ainda não se sabe. Mas carioca dá sempre um "jeitinho".
Nota:
- Bilbo
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